O que você REALMENTE sabe sobre doença cardiovascular?

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Obesidade, sedentarismo, poluição, idade, estresse, diabetes, hipertensão, tabagismo, gênero, raça, histórico familiar, tamanho da circunferência abdominal e perfil lipídico (colesterol total e frações e triglicerídeos) são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças e eventos cardiovasculares. 

Ter pelo menos 3 dos eventos: obesidade, diabetes, triglicerídeos aumentados, colesterol LDL aumentado e hipertensão já é considerado um quadro de síndrome metabólica.

Portanto, não é só aumentar a quantidade de gordura, como vemos nas alterações de perfil lipídico, que aumenta o risco cardiovascular e/ou causa eventos problemáticos nesse sentido. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

O que todos esses eventos têm em comum é que aumentam o fator inflamatório. Essa inflamação alta é que determina o risco cardiovascular de um indivíduo, pois aumenta a permeabilidade dos vasos sanguíneos, deixando passar as moléculas de colesterol que formam, então, as placas de ateroma, sendo esses sim os problemas cardiovasculares e podendo acarretar problemas cada vez maiores!

O LDL, HDL, VLDL e triglicerídeos são moléculas de gordura e tem funções vitais no nosso organismo, como produção de hormônios, composição de células e vitaminas, etc. 

Apresenta muito mais risco cardiovascular uma pessoa com HDL baixo (“colesterol bom”) do que uma com LDL alto (“colesterol ruim”). O HDL tem como uma de suas funções transportar o excesso de LDL de volta ao fígado, onde é metabolizado. Outra função importante é seu caráter anti-inflamatório – geralmente quem tem síndrome metabólica e/ou resistência à insulina tem HDL baixo, aumentando mais ainda seu risco!

Para aumentar o HDL é interessante a prática regular de atividade física, o consumo de gorduras boas como abacate, ovos e azeite, e também a genética favorável a isso.

A maioria dos alimentos fontes de gordura traz a combinação de gorduras saturada, mono e poliinsaturada, sendo o próprio bacon um exemplo disso. Quando se baixa o consumo de alimentos de origem animal, tende-se a baixar um pouco o colesterol sanguíneo. Porém, o consumo de óleo vegetais ricos em ômega 6 (girassol, milho, soja, canola, etc) mostrou-se mais pró-inflamatório, ou seja, aumentando o risco cardiovascular, do que protetor.

Mais importante do que o valor isolado de cada componente lipídico, é a proporção deles. 

Quando se divide o valor de triglicérides pelo HDL, o valor ideal que deve achar é menor que 2,0. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Quando se divide o valor de colesterol total pelo HDL, o ideal é que se ache um valor menor que 4,5.

Quem entende de matemática já deve ter percebido que quanto maior o HDL, menor será o valor encontrado, e portanto melhor a predição de risco cardiovascular.

Por fim, existe uma calculadora online de risco cardiovascular neste link: http://www.cvriskcalculator.com/

Gabriela Reis

Gabriela Reis

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Alfenas, Gabriela é pós-graduada em Obesidade e Emagrecimento pela Estácio de Sá, possui curso em Saúde Baseada em Evidências e Nutrição Esportiva e é NutriCoach Afine-se.
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