O número de aplicativos que as pessoas utilizam para contar calorias tem aumentado cada vez mais, já que todos sabem que para emagrecer é necessário ingerir menos calorias do que se gasta. Mas será que apenas isso é necessário para emagrecer?
Antes de falarmos sobre as calorias, primeiro é preciso entender que existem três macronutrientes que nos fornecem energia: carboidratos, proteínas e gorduras. As proteínas têm função estrutural: compõem músculos, células, órgãos, enzimas, pele, cabelo, unhas e etc. As gorduras têm função vital: compõem hormônios, células, transportam vitaminas e etc. E os carboidratos têm como única função ser fontes de energia.
Algumas moléculas de gordura (ácidos graxos) e algumas de proteína (aminoácidos) são essenciais, o que significa que precisam ser consumidos pois o corpo é incapaz de produzi-los. Já o carboidrato (glicose) é diferente. Não existem carboidratos essenciais, pois o corpo consegue produzi-lo pelo processo de gliconeogênese ou glicogenólise.
Quando consumimos energia além do necessário nosso corpo estoca na forma de gordura, já que tem medo de que algum dia precisemos e não teremos como conseguir. O quanto gastamos de calorias depende da nossa idade, altura, peso, quantidade de músculos, metabolismo e regulação de nossos hormônios, nível de atividade física e presença ou não de algum problema de saúde.
Sendo assim, se para emagrecer é necessário comer menos calorias do que se gasta (déficit calórico) para assim queimar a energia que está estocada na forma de gordura, é só ingerir uma baixa quantidade de calorias que eu vou emagrecer? E se eu comer todas as calorias necessárias para estar em déficit calórico em brigadeiro?
Primeiro que podemos afirmar que dificilmente você conseguirá se controlar e comer os pouquíssimos brigadeiros que atingirão esta quantidade de calorias. Segundo, que a nossa alimentação não pode ser apenas sobre calorias: é necessário suprir o seu metabolismo com vitaminas, minerais, proteínas e gorduras para ele continuar funcionando corretamente.
A prioridade deve ser consumir as calorias diárias previstas dentro do déficit calórico em alimentos de alta densidade nutricional, ricos em nutrientes e relativamente baixos em calorias, como os vegetais, frutas, carnes e ovos.
Por isso, em um processo de emagrecimento retiramos os alimentos de baixa densidade nutricional, pobres em nutrientes e puramente ricos em carboidratos e calorias como açúcar, farináceos, doces, bebidas adoçadas, bolachas, frituras, refrigerantes, etc .
Além da questão calórica é importante também considerar a questão hormonal envolvida neste processo. A insulina é o hormônio responsável pela absorção de glicose pelas células e também pelo estoque de gordura. Estar em déficit calórico, mas estar com resistência à insulina (caso comum no diabetes tipo 2) ou superativando a insulina o dia inteiro (Exemplo: não está comendo, mas tomando cafezinho adoçado, chupando bala ou beliscando) prejudica ou até impede o seu emagrecimento.
É essencial no emagrecimento a diminuição e controle da resistência à insulina: o que ocorre somente com diminuição ou retirada dos carboidratos, além de aumento da atividade física – que melhora nossa sensibilidade à insulina, diminuição do tecido adiposo – e controle dos hormônios como os sexuais e tireoidianos.
Portanto a fórmula para emagrecer não é contar calorias, mas consumir alimentos ricos em vitaminas, minerais, proteínas e gorduras para as funções essenciais e manter o corpo ativado para ter o déficit calórico ideal.
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