pessoas olhando para o celular

A hiperconexão e os impactos na saúde

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A tecnologia trouxe inúmeros benefícios para a população e é inegável a presença de seus estímulos como, por exemplo, o acesso à internet. Seja em casa, na rua ou no trabalho, é natural o uso dos dispositivos online para nos mantermos conectados a tudo em tempo real. O que se tornou um hábito cada vez mais presente na vida dos brasileiros, que podemos chamar de hiperconexão.

Segundo um levantamento do Comitê Gestor da Internet do Brasil, 49% dos internautas usam o celular apenas para acessar a rede, colocando o país em segundo lugar no ranking das potências que mais permanecem conectadas, com nove horas e 14 minutos diários, atrás apenas da Tailândia e da Filipinas.

Sem dúvida, o celular, bem como outros dispositivos digitais, tornou-se essencial na vida das pessoas e um companheiro quase inseparável. É por meio dele que realizamos desde atividades básicas, como checar as redes sociais, até as que demandam mais atenção, como trabalhar, afinal de contas, estamos na era da hiperconexão.

Podemos dizer que a hiperconexão mudou a forma como as pessoas se conhecem, se comunicam e namoram, no entanto, é preciso muito cuidado para que esse hábito não desencadeie alguns transtornos de ansiedade e atrapalhe a capacidade cognitiva, distúrbios observados por pesquisadores da área da saúde na Austrália, Reino Unido, Bélgica e Estados Unidos.

De acordo com a análise, o excesso de tempo diante das telas é o principal problema, provocando danos na memória, na concentração e impactando o convívio ao mundo real. Assim como o constante uso pode causar danos à saúde, a ausência dela pode ser crucial na mudança do comportamento das pessoas que sentem perder algo importante quando estão off-line. Dessa forma, sintomas como angústia, transtorno de humor e até mesmo depressão são nitidamente visíveis.

homem com excesso de peso, olhando para o celular
Obesidade e outros problemas de saúde podem ser causados pelo excesso de conectividade

Além dessa pesquisa, vale destacar também que o sedentarismo está ligado ao uso excessivo do celular e outras tecnologias digitais, o que aumenta o risco de obesidade e diabetes. Diante disso, é possível promover o uso consciente de ambos, sem que eles sejam deixados de lado.

Determine momentos para ficar indisponível como na hora das refeições, silenciar as notificações de redes sociais antes de dormir e valorizar as relações pessoais. Atitudes como estas farão toda a diferença e por mais que pareçam difíceis, tentar construir uma relação mais consciente e produtiva com a tecnologia nunca é demais.

Gibson Coltrane

Gibson Coltrane

Jornalista desde 2012 e especializado em jornalismo de moda pela FAAP. Atuou nas áreas de moda, beleza, estética e turismo. Dirigiu a redação de uma revista gastronômica, além de já ter assinado as reportagens para um jornal voluntariamente.
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